por Instituto MOL
Muita gente já passou por essa situação: você olha para aquela peça de roupa antiga no seu guarda-roupa, para aquele móvel que está pegando poeira na garagem, e resolve que é hora de desapegar e doar. Além de resolver uma situação pessoal, você ajuda outra pessoa ou uma organização da sociedade civil que realiza bazares para arrecadar recursos, por exemplo. Todo mundo sai ganhando, certo?
Só que, infelizmente, muita gente confunde esse ato de doar com descarte daquilo que não pode mais ser aproveitado. Itens em estado muito ruim de conservação podem representar apenas um gasto para uma instituição fazer o descarte correto. Objetos e peças de roupa sujos e em mau estado também podem representar uma despesa — sem contar que passam uma impressão muito ruim de desrespeito com o receptor da doação.
Para tentar minimizar essas situações, destacamos aqui algumas perguntas a se fazer antes de doar objetos. Quem tiver curiosidade em saber mais sobre o assunto, vale ouvir o episódio do podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa, produzido pelo Instituto MOL e o Movimento Bem Maior, sobre o assunto. Além de detalhar as seguintes dicas, mergulhamos no universo de um dos maiores e mais antigos bazares de São Paulo, o realizado pelas Casas André Luiz.
Se eu não uso, por que outro usaria?
Há uma grande diferença entre uma peça de roupa em bom estado que já não serve no seu corpo (ou não agrada ao seu estilo) e um item rasgado, desfiado ou furado. Ou entre um eletrodoméstico que pode ser consertado e outro que está quebrado há anos, sem peça de reposição. Ou seja, vale exercitar o bom senso na hora de separar itens para doação. Se você conseguir responder à pergunta acima positivamente, encaminhe para doação. Caso negativo, pesquise o melhor modo de descartar o item — pensando, inclusive, qual a maneira mais ecológica de fazê-lo.
Como entrego essa doação da melhor forma?
Você se sentiria bem ao receber um presente sujo, mal embalado ou faltando alguma peça? Provavelmente não, né? Com a doação, é a mesma coisa. Lave ou limpe o item da melhor forma, e o acondicione em uma caixa ou embalagem compatível. Caso tenha algum reparo a ser feito, seja transparente com o receptor da doação, mesmo que isso signifique providenciar o conserto ou o descarte adequado.
O que as pessoas e/ou as instituições estão precisando?
É comum a gente limpar o guarda-roupa e descobrir doações possíveis de roupas de frio só no fim do inverno. Não fazemos por mal, é o momento que nos damos conta de que não precisamos mais daqueles itens. Mas será que não seria melhor chegar à essa conclusão no início do período de frio, quando há inúmeras iniciativas de “campanhas do agasalho” para populações vulneráveis? Não é preciso muito esforço para perceber qual o tempo desejado de cada doação. Ficou na dúvida? Pergunte! As organizações e as pessoas provavelmente vão indicar o que estão precisando, e você doa com a certeza de que ajudou na hora certa!
Será que eu posso ajudar mais?
A satisfação que a doação desperta é contagiante! Será que posso me envolver mais com essa causa ou organização? Que talento ou disposição eu consigo entregar, além dos itens materiais? Esses questionamentos fortalecem as ações da sociedade civil e melhoram a vida de todos. Às vezes, só de contar para amigos ou familiares que você fez essa doação já é uma forma de contribuir para aumentar essa corrente do bem.