Transcrição EP#47 — Contos de um Natal Solidário

Artur: Quando chega outubro e novembro, a gente já começa a ver aquelas luzinhas piscando, ouvir os sinos e aquele famoso “ho ho ho”! Não, esse aí não. Está mais para um cheirinho de panetone, aquelas promoções chegando no supermercado. Para além de todos esses detalhes culturais que a gente adora reencontrar ano após ano nessa mesma época e das compras tradicionais do final do ano, o Natal também é conhecido como tempo de solidariedade, de olhar com mais carinho, de prestar mais atenção e dar apoio. Principalmente, se a gente pensa em quem não deve ter condições de ter um Natal tão bom como o nosso ou das pessoas que provavelmente estão ouvindo um podcast. E não estou falando só de ganhar presentes, o que é extremamente importante e deve ser valorizado, mas também de não ter o que comer ou mesmo um teto sobre a cabeça para comemorar a festa de Natal, passar a noite do dia 24 pro 25 em família e em muitas outras noites ao longo do ano.

 

Roberta  É bem verdade que o ano inteiro deveria ser tempo de se preocupar com os outros e apoiar, mas o Natal, o segundo que estamos vivendo em meio a uma pandemia sem fim, acaba sendo um período que toca muita gente ainda mais fundo e nos faz pensar e refletir sobre os vários problemas que atingem a sociedade e o que a gente pode fazer sobre isso. Por isso, hoje a gente vai fazer um episódio especial, reunindo diversas histórias sobre solidariedade e doações na época do Natal.

 

Eu sou Roberta Faria

 

Artur: Eu sou Artur Louback

 

Roberta: E os contos de um Natal solidário são o tema de hoje no…

 

Artur e Roberta: Aqui se Faz, Aqui se Doa!

 

Artur: Está começando mais um Aqui se Faz, Aqui se Doa, o seu podcast semanal sobre cultura de doação produzido pelo Instituto MOL, com apoio do Movimento Bem Maior, da Morro do Conselho Participações e da Ambev, com divulgação do Infomoney.

 

E hoje a gente traz algumas histórias de organizações, voluntários e doadores sobre esse momento que desperta na gente tantas lembranças e sentimentos positivos que dá ainda mais vontade de apoiar as nossas causas do coração.

 

Roberta: Eu adoro essa época festiva. Sou uma ateia festiva! Embora não seja cristã e não comemore o Natal como essa data clássica, fico muito emocionada de escutar as histórias de doações e atitudes positivas que acontecem nessa época. A gente sabe sim e explica sempre por aqui que doar faz parte de uma cultura maior e que deve ser cultivada constantemente, de preferência o ano todo. Mas, ao mesmo tempo, uma época como essa, que desperta tanta boa vontade e solidariedade, e a gente se dá conta de quantas pessoas desamparadas não tem o mesmo privilégio que a gente, é muito massa ver esse clima festiva sendo um empurrãozinho na direção da cultura de doação.

 

Artur: Não é à toa que a gente baseou o nome do nosso episódio numa das histórias mais conhecidas do escritor inglês Charles Dickens. Você talvez já tenha ouvido a história de “Um Conto de Natal”. Se você não lembra, só para refrescar sua memória, é aquela sobre um velho rabugento e muquirana que, na véspera do Natal, recebe a visita de três fantasmas que acabam mudando sua vida e tornando ele uma pessoa mais feliz e generosa.

 

Roberta: Eu inclusive adoro essa história, acho que ela traz lições muito importantes pra gente. Na verdade, não sobre religião, Papai Noel ou presentes, mas sobre humanidade e os valores humanistas clássicos como a generosidade e pensar sobre o nosso tempo finito na Terra e o legado que a gente deixa que, certamente, não é do acúmulo. Ninguém leva para o caixão as fortunas que acumula — o que é um pouco o que acontece nessa história. Mas, saindo um pouquinho do campo da ficção, venho trazer algumas informações concretas sobre o impacto dessa época nas doações.

 

Quando a pandemia começou ano passado, com o aumento do desemprego e a fome, a gente viu as ações de solidariedade e doações varrerem o Brasil e aumentarem consideravelmente. Só que o tempo passou, a crise econômica e social se instalou de vez e as doações começaram a cair enquanto cada vez mais gente precisava, e continua precisando, de ajuda.

 

Artur: Com a inflação e o aumento absurdo nos preços dos alimentos este ano, as doações de comida despencaram de forma impressionante. Foi uma queda de 97% desde o começo de 2021, segundo a ONG Ação da Cidadania. 97%! Esse é um dos principais motivos porque tantas instituições têm visto o momento atual como estratégico para apontar causas importantes e conseguir o apoio de uma parcela da população que pode estar mais tomada por sentimentos de carinho e solidariedade.

 

Roberta: Um dos principais movimentos que vão acontecer nesta época é justamente organizado pela Ação da Cidadania. Estou falando do Natal Sem Fome, que foi retomado dez anos depois de sua última edição, neste momento muito crítico, e tem como meta receber ao menos seis mil toneladas de alimentos e atender 2,5 milhões de pessoas em todo o país.

 

Artur: E a gente pode trabalhar pra mudar isso, né Roberta? Aliás, estamos trabalhando nesse momento. Por exemplo, aproveitar tradições como o amigo secreto clássico do Natal para criar ações que se destaquem e chamem a atenção de quem vai doar. Instituições como a Amigos do Bem, entre várias outras, organizam sacolinhas com roupas e brinquedos, montadas com as contribuições de doadores e distribuídas para crianças e adolescentes de comunidades carentes.

 

Roberta: Eu já adotei quatro cartinhas do Papai Noel esse ano para fazer essa doação. Adoro! E ainda com as dificuldades causadas pela pandemia, que fazem necessário respeitar o distanciamento, dá pra pensar em modelos de comemorações, ceias sociais e festas solidárias, feitas graças à ação de voluntários e doadores. E que são também uma excelente oportunidade de atrair mais apoio e conseguir contribuições que podem se estender para o restante do ano. Organizações como o Migraflix, uma ONG que trabalha com refugiados e imigrantes, ajudam você a fazer uma boa ação na própria noite de Natal, recebendo refugiados em casa, uma oportunidade de compartilhar comida, carinho, alegria e diversas experiências de vida com essa parcela da população que ainda é socialmente invisível.

 

Artur: O mais legal é que, quando algumas dessas iniciativas são criativas e eficientes, elas permanecem. Um dos maiores exemplos é a campanha Papai Noel dos Correios, que existe há muitos anos e ajuda dezenas de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade social todos os anos. A ideia é pegar uma cartinha, ou várias cartinhas na árvore dos Correios, e realizar um desejo que pode parecer simples, mas que pra esses pequenos que colocam as cartinhas ali, estão cheias de esperança, vontade e de amor, da busca por um afeto. Agora, quem vai falar um pouco sobre o assunto é a Daniela Castro, coordenadora nacional da campanha desde 2017.

 

Daniela: A campanha nasceu da iniciativa dos empregados dos Correios, que durante a rotina do seu trabalho recebiam as cartinhas de crianças que eram destinadas ao Papai Noel dos Correios e não tinham endereço. Esses colegas, sensibilizados, resolveram adotar essas cartinhas e enviar os primeiros presentes. E aí, com o passar do tempo, a ação foi ganhando maior proporção dentro da empresa e acabou se tornando um projeto corporativo. A iniciativa tem como objetivo que as crianças escrevam suas cartinhas e, dessa forma, conseguimos propagar os valores de solidariedade e esperança. E, sempre que possível, atendemos os pedidos de presentes que estão dentro dessas cartinhas, das crianças que estão em situação de vulnerabilidade social. A campanha conta com diversos processos, dentre eles o recebimento, a triagem e a seleção das cartas, a adoção e a entrega de presentes. Para realizar essa ação natalina, os Correios abrem as suas portas pra executar todos esses processos em parceria com a sociedade. E, em 2020, o Papai Noel dos Correios se tornou 100% digital, trazendo mais comodidade pras crianças e principalmente para os padrinhos, que podem fazer a adoção de onde quiser, da sua casa, de seu trabalho… A campanha todos os anos aquece os nossos corações. A leitura das cartinhas é sem dúvida uma das etapas mais queridas por nós, porque tem histórias muito envolventes, e dentro delas são pedidos de bola, carrinho, bonecos, material escolar, calçados, além de saúde e paz pra todos da família. Assim, gostaríamos de convidar toda a sociedade pra participar dessa maior campanha natalina do país, que há mais de 32 anos ajuda a fazer o Natal de milhares de crianças ainda mais feliz. Faça parte dessa corrente do bem, acesse o blog da campanha: blognoel.correios.com.br e seja você um Noel.

 

Artur: É isso aí! E a gente só tem a agradecer à Daniela e aos Correios por essa campanha imensa e linda demais, que já dura mais de três décadas. Então a gente já sabe que o Natal traz com ele muitas oportunidades excelentes de doar e fazer o bem a gente. Mas será que isso se traduz em números? As pessoas realmente doam mais nessa época do ano?

 

Roberta: Quem tá com a gente desde o começo do podcast lembra que nós tivemos um episódio da nossa primeira temporada só pra responder a essa pergunta: Doa-se mais no fim de ano? Corre aí no seu agregador e busca pelo nosso episódio #3. As respostas que a gente achou naquela época continuam valendo para agora

 

Artur: Esse faz tempo, hein? A gente era tão jovem naquela época. Mas é uma pergunta que continua pertinente e eu continuo jovem. É um tempo de festas, de muitas trocas de conversas e presentes, que duram o ano todo. Se você não se contagiar ali, não se contagia nunca mais, né?

 

Roberta: Imagino que sim, Artur! Mas só a generosidade, a vontade de ajudar não tem tanto efeito se não tiver um bom direcionamento. É por isso que tantas instituições criam campanhas nesse momento, tentam se sobressair justamente pra atrair parte desse sentimento coletivo de esperança e renovação pra uma causa. De boa intenção, o mundo está cheio! A gente precisa de doação em dinheiro, né?

 

Artur: A gente inclusive conversou com a Helena Medeiros, de 26 anos, que é psicóloga e voluntária da ONG Patinhas Carentes, lá de Vitória, no Espírito Santo. Todos os anos, ela participa do Natal Animal, que apadrinha cãezinhos e gatinhos e distribui kits com produtos pra atender as necessidades de cada um desses bichinhos e promove adoções que, no final das contas, é o ganho a longo prazo. Vai lá, Helena, conta pra gente como isso acontece.

 

Helena: Todo ano a gente faz uma campanha de Natal em que cada animalzinho pede uma quantidade específica de padrinhos pra eles, com coisas que cada um usa mais. E a gente faz todo final de ano, a gente inicia agora divulgando os kits, e aí cada um pode doar um kit. Escolhe e aí doa o que tem no kit, varia entre ração, remédio, patê, pano, toalhinha, então várias coisas. E a gente tem um dia específico, este ano vai ser no dia 11 de dezembro, sábado. A gente recebe esses padrinhos lá, os animais ficam no abrigo, a gente recebe lá na sede e as pessoas podem tirar foto com os afilhados que eles escolhem.

 

Na época de Natal, a gente vê que as pessoas ficam mais sensibilizadas de alguma forma a ajudar várias causas. E nessa nossa campanha, a gente vê uma oportunidade da pessoa ter uma direção de qual forma ela pode ajudar. Porque muitas vezes a pessoa quer tomar uma iniciativa pra ajudar em alguma coisa, mas não sabe por onde começar, e a campanha de Natal tem essa função de direcionar a forma como a pessoa pode estar participando. Então a gente vê o interesse e a vontade de ajudar também pelo fato delas conhecerem o animal que elas estão ajudando. E sim, a época de final de ano é uma época de mais abandono, uma época de menos doação, porque as pessoas estão viajando, têm outros focos, mas tendo uma campanha de Natal, a gente consegue unir muitas pessoas e ajudá-las de alguma forma mais específica nesse final de ano.

 

Artur: Que história linda! E a gente ainda perguntou pra Helena qual costuma ser o impacto dessa ação pro bem-estar dos animais!

 

Helena: E isso das campanhas de Natal, de adoções no final do ano, gera um impacto muito grande pra gente positivo, porque é uma época positiva, é uma época em que a gente está ainda mais sozinha porque todo mundo está viajando, então pra eles é claro que ter um lar no final do ano, um lar seguro, um lar quentinho, uma família pra passar o Natal, uma família pra dar uma comida gostosa pra eles, ainda mais nesse final de ano, seria uma grande conquista pra todos eles e um grande impacto tanto pro abrigo quanto pra eles individualmente.

 

Roberta: Impressionante! E, claro, se é bom ajudar cachorro nessa época, imagina criança que tem tanta expectativa em torno do Natal, do Papai Noel e de toda a cidade enfeitada. A gente percebe, nessa época do ano, que se intensificam muito as ações voltadas para os menores carentes ou em situação de vulnerabilidade ou mesmo as crianças que não tem um lar para chamar de seu e estão em abrigos. Até porque o Natal evoca aquela coisa do presente, da felicidade infantil, da noite em família que a gente vê nas propagandas e em toda a parte, mas que nem sempre é realidade pra todo mundo.

 

Artur: É, Roberta. Inclusive, para falar um pouco mais sobre isso, a gente tem outro convidado! Vamos falar agora com o Charles Leite, que é presidente da APEGA, a Associação Pernambucana de Grupos de Apoio à Adoção. Desde o ano passado, tentando conter alguns dos estragos da pandemia, eles organizam nesse período uma campanha voltada pra crianças e adolescentes em acolhimento, tanto recolhendo doações quanto incentivando ainda mais a adoção. Charles, conta pra gente como foi a ação no ano passado e quais as expectativas pra este Natal?

 

Charles: A gente está realizando este ano, 2021, a segunda campanha do Natal da Atitude Adotiva, organizada pela Apega, Associação Pernambucana de Grupos de Apoio à Adoção. Essa campanha nasceu em 2020 por uma demanda que foi trazida pelas equipes que trabalham com infância e juventude no Tribunal de Justiça de Pernambuco, que nos provocou, digamos assim, os grupos de apoio à adoção aqui do estado, a organizar uma ação dedicada às crianças e adolescentes que vivem em acolhimento. E aí a gente acabou desenhando essa campanha de Natal, onde ela se caracterizava no ano passado pela doação de brinquedos, recursos financeiros, muita gente doou dinheiro mesmo, e a gente transformou isso em lanches, brinquedos, presentes pras crianças e pros adolescentes que moram em acolhimento. A gente sabe que há situações de algumas cidades onde as crianças que residem em abrigos têm dificuldade de ter algumas coisas materiais, porque as instituições de acolhimento são públicas. Então a gente doou toalha de banho, sandália, sabe, coisas assim materiais importantes, de primeira necessidade mesmo pra alguns jovens. E isso foi muito rico. Essa época do final do ano, geralmente no último trimestre, acende um desejo, uma vontade de esperançar e de doar nas famílias. E muitas delas transformam isso em práticas regulares de doação mesmo, a gente vê em vários lugares das cidades o pessoal doando cestas básicas e outros suprimentos de primeiras necessidades. Este ano agora, 2021, é um ano que a gente finda com uma crise socioeconômica muito forte, e a gente espera, tem expectativa de que o volume de doações represente o que historicamente acontecia e que favoreça, que a gente consiga realizar essa e outras ações voltadas pras crianças e adolescentes.

 

Roberta: Nossa, isso me emociona, Artur! E se o papo hoje já está muito inspirador, vamos ouvir agora o Roberto Martins, o Betinho, que é gari, voluntário e vice-presidente da ONG Amigos do Reino, da cidade de Butiá, lá no Rio Grande do Sul. Ele, que também convive com dificuldades financeiras e sociais, ajudou a criar a organização, junto com o Igor Diovany, pra dar apoio a famílias de comunidades carentes, se tornando um verdadeiro Papai Noel e distribuindo presentes para as crianças no Natal. Olha que lindo!

 

Roberto: Eu sendo gari, passando, rodando os bairros da cidade, vendo as dificuldades das crianças. Eu tendo passado muita dificuldade na minha infância, passado fome e frio, eu ganhava doce através das pessoas que passavam na frente da minha casa fazendo doação, assim como eu faço hoje. Isso me mobilizou. Eu vendo as dificuldades das crianças, eu vi que tinha que fazer alguma coisa, porque eles não podiam passar por aquilo que eu já passei. Isso me mobilizou. Eu comecei ajudando uma família, hoje eu já ajudo mais de 170 famílias. São mais de duas mil crianças que são abençoadas em cada evento que eu faço, como Dia das Crianças, Páscoa, Natal Solidário. Esse é o Betinho, uma pessoa que já passou dificuldades e que hoje luta para que outras crianças não passem por aquilo que eu já passei.

 

A ONG foi uma bênção que foi criada. Eu fazia as minhas ações sociais sozinho e o Igor fazia as dele. Aí um dia o Igor me procurou pra gente unir forças pra conseguir atingir mais gente. E ali eu abracei o projeto, que hoje já tem dois anos na cidade aqui e transforma a vida de mais de 160 famílias que são ajudadas pelo nosso projeto. E o Natal Solidário do ano passado foi o Natal mais incrível da minha vida, onde eu passei com as crianças, com a minha família junto. A minha filha de nove anos acompanhou e a gente conseguiu abençoar mais de duas mil crianças, então não tem palavras que descrevam o momento, a felicidade das crianças, o quanto elas se divertiram no evento móvel que a gente fez. Foram mais de oito horas nas ruas da cidade fazendo a alegria das crianças. Depois de eu ter trabalhado das seis da manhã até as duas da tarde no caminhão do lixo, eu cheguei em casa e tomei um banho pra gente fazer a alegria das crianças. E a expectativa pra este ano é a melhor possível, se Deus quiser a gente conseguir atingir as duas mil crianças. Que a gente consiga fazer a felicidade delas depois de um ano de pandemia, onde quem mais sofreu foram as crianças ficando em casa, muitos pais violentos que agridem as crianças, agora é hora de a gente dar um dia inesquecível pra elas. É hora da gente botar amor no coraçãozinho delas e transformar mais um Natal Solidário.

 

Artur: O presidente da instituição, Igor Diovany, vai nos contar um pouco sobre o trabalho que eles desenvolvem.

 

Igor: Olá, pessoal, tudo bem? Eu sou o Igor, presidente da ONG Amigos do Reino, aqui na cidade de Butiá, um projeto social no qual a gente atende mais de 200 famílias em situação de vulnerabilidade social com vários tipos de projetos. Entre eles, distribuição de cestas básicas, distribuição de roupas, distribuição de cobertores, distribuição de móveis e muito mais. 

 

Este Natal será um pouquinho diferente. A gente fará em um clube aqui na nossa cidade, onde a gente vai poder botar brinquedos infláveis, lanches, distribuição de algodão doce, refrigerantes, sucos, além, é claro, de distribuir brinquedos e kits de guloseimas pras nossas crianças, além, é claro, da presença do Papai Noel. Mas, pra isso acontecer, a gente vai precisar do apoio daquelas pessoas de coração bom que queiram nos ajudar. Esse evento, a gente vai precisar muito do seu apoio. Então, a gente está aqui nesse podcast para pedir o seu apoio e ajuda para isso tudo acontecer! Que Deus esteja abençoando a vida de vocês e o nosso muito obrigado!

 

Roberta: Valeu, Igor! É ótimo ficar sabendo de tantas iniciativas por todo o país que vão aproveitar esse momento de alguma maneira para angariar doações e atrair a atenção das pessoas pra causas tão importantes. Lembrando que a gente começou falando de uma ação enorme e tradicional como o Papai Noel dos Correios, com a Daniela Castro, e depois ouvimos sobre vários outros projetos que vão acontecer nesse final de ano, como contou o Roberto e o Igor, o Charles da APEGA, e a Helena, do Patinhas Carentes.

 

Tem ação para tudo e para todos! Dá para se colocar em algum lugar e escolher alguma que tenha a sua cara, combina com seu estilo de vida e está na sua comunidade.

 

Artur: Muito legal, Roberta! Uma coisa que me chamou a atenção em todas essas histórias foi que, embora elas seja estimuladas nessa época do ano pelo espírito natalino, 13º e tudo o que ajuda a apoiar uma das ações, mas poderiam ser feitas o ano todo. Não tem nenhuma delas que obrigatoriamente só pode acontecer no Natal. Claro, tem algumas que tem o apelo do nome pro Natal, mas a gente poderia adotar crianças carentes o ano inteiro, apoiando, quem sabe ajudando a pagar os estudos, como a ação dos Correios — ao invés de dar um presente, ajuda a pagar os estudos. A gente tem muitos casos aqui e, na maior parte, essas organizações já fazem coisas ao longo do ano, embora a gente só ouça falar delas nessa época. Mas, quem sabe esse não vai ser um ano em que, dada a necessidade, a gente vai entrar em um próximo ano com mais necessidades do que nunca, ou como há muito tempo não tínhamos um começo de ano tão terrível. Quem sabe as pessoas não começam a apoiar no Natal e seguem com elas?

 

Roberta: O que acho que é massa é a gente aproveitar essa época do ano para olhar a relação entre o quanto a gente consome e o quanto a gente doa. Às vezes um presente caro poderia virar doações para muito mais crianças sendo distribuido e bem pensado. A gente também pode olhar nas instituições que estão ao nosso redor. As festas de Natal acontecem em asilos, abrigos, hospitais — tem muita gente que está longe de casa e da sua família nesse momento, então ajudar em uma ceia da madrugada, pensar em combinar com a família que, ao invés de trocar presentes, a gente vai trocar doações… Há muitas maneiras simples e efetivas de fazer essa festa ficar ainda mais bonita!

 

Artur: Quem tiver uma histórias bacanas, como as que a gente apresentou hoje, para contar compartilhar conosco no Instagram @institutomol — ou no nosso perfil do LinkedIn! Tenho certeza de que os nossos ouvintes têm histórias lindas de doação para contar e elas são sempre muito bem vindas!

 

Roberta: Eu tenho certeza que sim! Quem é tímido e quer falar conosco, pode escrever pro email contato@institutomol.org.br, nós vamos adorar receber recados e sugestões por lá e vamos responder com gosto!

 

Artur: E por hoje é isso pessoal, semana que vem tem mais! Esse podcast é uma produção do Instituto MOL, com apoio de Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev. Este episódio teve produção do Leonardo Neiva, e o roteiro final e a direção é de Vanessa Henriques e Ana Azevedo, do Instituto MOL. As colunas são de Rafaela Carvalho e Duda Schneider, da Editora MOL. A edição de som é do Bicho de Goiaba Podcasts. Feliz Natal!

 

Roberta: Feliz Natal! Até mais!

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