TRANSCRIÇÃO EP #92 – Gincanas voluntárias

ROBERTA:  Salve, salve nação doadora!

Tá no ar o seu podcast favorito sobre cultura de doação, produzido pelo Instituto MOL com apoio do Movimento Bem Maior e divulgação do Observatório do Terceiro Setor.

Aqui, você fica por dentro dos assuntos do momento na filantropia e na cultura de doação, a partir de informações, pesquisas e entrevistas com importantes personagens do setor no Brasil.

Tudo de forma clara e objetiva, sem enrolação.

 

Eu sou Roberta Faria.

 

ARTUR: Eu sou Artur Louback.

E, semana sim, semana não, a gente te convoca a vir junto nessa conversa, pra inspirar mais e mais pessoas e empresas a doar! Doar com propósito, com consciência e com o coração!

 

Afinal,

ROBERTA/ARTUR: Aqui se Faz, Aqui se Doa!

 

ROBERTA: Olá, estamos de volta!

 

A gente tem ouvido cada vez mais sobre a importância do compromisso das empresas com práticas ESG aqui no Brasil, da importância do olhar dos gestores das grandes, médias e pequenas empresas para a responsabilidade social…
E hoje vamos falar mais especificamente de um dos elementos que compõem essa sigla, que engloba sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa.

Sim, hoje é dia de falar da letra S da sigla, que representa o impacto social das ações desenvolvidas pelas companhias. E olha, geralmente quando se toca no assunto, o que mais se fala é em como o empresariado pode lançar mão de seu grande poder financeiro para ajudar as comunidades em situação de vulnerabilidade país afora.

 

Mas, por mais essencial que seja essa grana que ajuda a desenvolver nosso potencial social, nosso foco neste episódio não está nela. Em vez disso, vamos falar do principal recurso que existe dentro de qualquer empresa.

 

Sem ele, nenhum negócio vai pra frente em qualquer lugar do mundo. Pelo contrário, na falta disso, toda empresa teria que fechar as portas.

 

Já adivinhou? Pois é, estamos falando da maior riqueza em termos de conhecimento, experiência, talento e criatividade com que qualquer instituição deve contar… 

 

Seus colaboradores.

 

ARTUR: Ouviu isso, Roberta? O barulho dessa multidão soa como um verdadeiro concerto pros nossos ouvidos. Esse foi o som que fizeram alguns dos mais de mil colaboradores do banco Citi Brasil que participaram este ano do Dia Global na Comunidade.

 

Pra quem nunca ouviu falar, essa é uma ação que o banco realiza todos os anos em mais de 400 cidades do mundo. Nesse dia, a empresa reúne seus colaboradores, além de seus familiares e amigos, em ações que ajudam a transformar o cotidiano das comunidades.

 

O áudio que você aí de casa escutou veio da equipe que ajudou a reformar a Escola Estadual Rodrigues Alves, na Avenida Paulista, no dia 17 de junho. A ação foi a maior que o Citi Bank realizou nesta data aqui no Brasil, impactando positivamente cerca de 1.200 alunos do Ensino Fundamental.

 

E por isso eu já adianto que hoje a gente vai receber no podcast a Tainara Machado, que é líder de comunicação e ESG do Citi Bank Brasil. Ela é uma das inúmeras pessoas que ajudam a organizar a levar pra frente a iniciativa. E nós aqui já estamos super ansiosos pra esse papo sobre voluntariado nas empresas.

 

ROBERTA: Com certeza, Artur! Mal posso esperar por essa conversa que vai ser super enriquecedora. Mas, antes disso, também quero trazer alguns dados sobre o voluntariado empresarial aqui no Brasil.

 

De acordo com o censo realizado regularmente pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial, o CBVE, os números e também o impacto do trabalho voluntário corporativo vêm crescendo nos últimos anos. Na verdade, segundo a própria organização, esse tipo de iniciativa está se tornando cada vez mais uma ferramenta estratégica pro desenvolvimento de pessoas, comunidades e instituições dentro da cultura corporativa.

 

A própria pandemia teve grande impacto nesse crescimento. Para se ter uma ideia, no período pandêmico, as ações do voluntariado empresarial atingiram de forma positiva uma população 185% maior do que nos anos anteriores. E uma pesquisa realizada em 2022 pela plataforma Atados mostrou que 70% dos brasileiros pretendem fazer ainda mais trabalho social do que antes da pandemia.

 

O CBVE também aponta que, nos últimos anos, as empresas no Brasil têm criado iniciativas cada vez mais alinhadas com seus objetivos estratégicos. E que, naturalmente, acabam tendo muito mais apelo junto às equipes de colaboradores dentro do ambiente corporativo.

 

Quanto mais essas ações crescem aqui no país, mais claro fica o principal desafio das empresas: criar ações que interessem, impactem e, principalmente, engajem suas equipes. Para traduzir isso tudo numa expressão bem corporativa, a meta é motivar os colaboradores a “vestirem a camisa” do voluntariado.

 

ARTUR: E é aí que entram as chamadas gincanas voluntárias. Como o nome já indica, são estratégias para chamar a atenção dos colaboradores para ações sociais da empresa. Só que de uma maneira que seja muito mais uma grande diversão dentro da comunidade de colaboradores do que um trabalho.

 

Afinal, vamos reconhecer. Por mais que a grande maioria das pessoas queira um mundo melhor, mais justo e inclusivo, é muito difícil conciliar a necessidade de agir em prol do outro com o cotidiano super exigente e estressante do ambiente corporativo. Então, se o voluntariado recair nesse mesmo lugar de trabalho e estresse, fica difícil motivar os colaboradores a se engajar.

 

Por isso são cruciais iniciativas como a da petroquímica Braskem, que promove anualmente uma gincana de voluntariado. Durante três meses, as equipes compostas por colaboradores da empresa competem entre si para ver quem alcança o maior número de horas de trabalho voluntário. Os vencedores podem selecionar as organizações que vão receber doações da empresa. O Sesc é outra instituição que, através do seu programa de voluntariado, promove gincanas para incentivar o trabalho voluntário e arrecadar doações pelo Brasil.

 

E são muitos exemplos inspiradores, para as empresas e também para as organizações da sociedade civil apoiadas por essas iniciativas. Essa parceria entre empresas, organizações e colaboradores voluntários estimula, entre outras habilidades, a criatividade para desenvolver ações em conjunto e buscar soluções, o que a gente pode dizer que é uma das soft skills mais valorizadas pelas empresas…
A Elissa Fichtler, que trabalha no setor de Desenvolvimento Institucional da Acorde, organização que há mais de dez anos atua com projetos voltados à educação e desenvolvimento de crianças e adolescentes na região de Embu das Artes, em São Paulo, é quem conta pra nós sobre mais um exemplo, que veio de uma parceria da organização com a empresa Comgás. 

 

ELISSA FICHTLER: Em 2021, a empresa ainda enfrentava os desafios da volta dos colaboradores ao trabalho presencial, depois de meses de trabalho remoto por conta da pandemia. Nós já fazíamos algumas ações em parceria, mas naquele ano tivemos a ideia de ir além, com uma ação que também contribuisse para estreitar o relacionamento dos colaboradores… muitos nunca tinham se visto pessoalmente. Foram 40 voluntários e voluntárias que, divididos em cinco frentes, conseguiram captar em um único dia mais de 24 mil reais para a compra de presentes de natal para as crianças e adolescentes; eles também fizeram a revitalização da Lojinha da Acorde, tendo também a pintura atualizada de acordo com a nossa nova identidade visual; Criação e execução da campanha do Dia de Doar no dia 30 de novembro com foco no projeto “Brincar é coisa séria”, onde foram arrecadados quase 50 mil reais, que possibilitaram a realização de um dos programas socioeducativos da Acorde no ano de 2022 para crianças de 7 a 9 anos

 

ROBERTA: E uma coisa que eu considero super importante nessa fala da Elissa é perceber o quanto uma estratégia de cunho social que envolva a ação voluntária dos colaboradores não pode ser só uma coisa pontual. Ela só faz sentido e vai ser 100% abraçada se estiver integrada aos valores e objetivos da companhia. 

 

Ou seja, tem que criar raízes na cultura da empresa.

 

E pra a gente aprofundar nesse papo, o Artur conversou com  a Tainara Machado que é graduada em jornalismo com atuação nas áreas de administração e gestão econômica. Ela já foi repórter da InfoMoney e do Valor e teve uma passagem de cinco anos como coordenadora de comunicação na Natura. Em 2021, ela passou a integrar a equipe do Citi Brasil, onde hoje ocupa a posição de líder de ESG e comunicação da empresa por aqui.

 

Vamos ouvir a entrevista?

 

ARTUR: Olá, Tainara! Obrigada por abrir um espacinho na sua agenda pra gente, sabemos que a rotina de banco é bem corrida. 

TAINARA: Magina, Artur! Eu agradeço pelo convite! A gente, do Citibank, sempre faz questão de participar quando o assunto é a nossa atuação social e nossas oportunidades de voluntariado. Obrigada por nos ajudar a espalhar essa mensagem. 

ARTUR: Indo direto ao assunto, nós sabemos que o Citibank tem uma ação de voluntariado muito famosa e que mobiliza centenas de cidades pelo mundo, afinal o Citibank é um banco global, eu queria que você contasse um pouquinho para gente entender como funciona o dia global da comunidade. Como ele surgiu e como funciona aqui no Brasil? 

TAINARA: Somos um banco global, com atuação em 95 países, e, no Citibank, as iniciativas de voluntariado são muito importantes, nosso pilar social de atuação do banco é bastante relevante. A gente busca fazer filantropia por duas vias: nossa fundação, a Citi Foundation e por doação a outras instituições e também por ações com nossos funcionários. 

Há 18 anos o banco criou o Dia Global na comunidade. Começou como um dia no mês de junho, em que todas as nossas unidades de todos os países organizam atividades de voluntariado para os funcionários, amigos e familiares. Esse ano, ao invés de ser só um dia, passamos a criar um mês inteiro dedicado a essas ações, nós entendemos que poderíamos fazer muito se espalhassem essas ações ao longo do mês 

Em 2023 foram várias ações, mas uma que marcou muito foi a reforma da escola Rodrigues Alves, na Avenida Paulista, em São Paulo. A escola fica em um prédio tombado e super emblemático na região e engajamos os nossos funcionários para reformar a quadra e o jardim, o que foi super bacana. Foram mais de 900 voluntários inscritos, além de outras iniciativas dentro do Citi, em que trouxemos alunos para conhecer o banco e falar sobre carreira e mercado de trabalho, muito gratificante. Ao longo do mês de junho foram realizadas 56 iniciativas, mas a da escola foi a principal e mais significativa. 

ARTUR: Quem participa dessas iniciativas? 

TAINARA: Nós convidamos todos os funcionários, e estendemos os convites para seus familiares e amigos. Tem funcionário que vem sozinho na ação, mas tem funcionário que traz 10 familiares, por exemplo, vem super acompanhados. É muito legal de se ver!

Eu circulei bastante pela reforma da escola, já que organizei o evento e distribuí as estações de trabalho, e de repente, você via o diretor da divisão do mercado de capitais carregando um rolo de papelão organizando a pintura, a liderança deu exemplo, realmente colocando a mão na massa! O engajamento é muito bom, as pessoas aparecem cheias de vontade de fazer voluntariado. 

ARTUR: Toda a organização acontece internamente ou vocês trabalham em parcerias com instituições do terceiro setor?

TAINARA: A organização é feita internamente, mas a gente tem uma agência que nos ajuda a organizar toda a parte da obra. Além disso, acabamos envolvendo também nossos fornecedores como voluntários em alguns momentos da ação. A parte mais dura da obra, por exemplo, trocar iluminação e a rede da quadra, os funcionários não tem a expertise necessária para isso, então os nossos fornecedores do prédio ficaram com essa parte. 

Além disso, algumas empresas participaram da ação, como a Suvinil, que doou tinta. Então a agência que contratamos coordena todos os trabalhos e a nossa área fica responsável por engajar e garantir a presença dos voluntários no dia. 

ARTUR: Agora, a pergunta de 1 bilhão de dólares, mais nas cifras de banco global, por que o Citi faz o Dia Global? O que ganham com isso?

TAINARA: Na verdade, eu acho que é uma questão mais de propósito do que de ganho. O banco, como qualquer outra empresa, tem uma licença da sociedade para operar e a gente entende que temos o dever de retribuir essa licença para comunidade, da maneira que a gente pode. O Citi, globalmente, tem uma série de atividades e de estratégias dentro do pilar social e o voluntariado é muito importante em todas essas estratégias. Por exemplo, o City Foundation, nossa fundação que faz investimentos sociais, quando a gente escolhe projetos para esses investimentos a gente escolhe projetos que tenham oportunidade de voluntariado, porque entendemos que, dessa maneira, é possível engajar ao máximo nossos colaboradores, com o voluntariado eles entendem o propósito colocando a mão na massa e, realmente, transformando a vida da comunidade.

A filantropia tem o papel do voluntariado muito relevante, a gente aposta bastante nisso, não só no Brasil, mas é uma estratégia global, que vai além do dia global na comunidade. Nós temos uma série de atividades em junho, mas a gente tem atividades de voluntariado ocorrendo aqui no Citi o ano todo, organizado pelo time, tanto pelo meu time de comunicação quanto pelo time que cuida da associação de funcionários do Citi. 

ARTUR: O Citi, institucionalmente, já realiza ações dentro da sua estratégia de ESG na sua fundação, mas faz questão de criar a possibilidade da sua comunidade interna ter esse propósito no seu dia a dia. Vocês notam ou tem indicadores do retorno num sentido de pertencimento das pessoas saírem dessa ação transformadas? Se gostam mais do lugar onde trabalham por conta desse tipo de iniciativa? 

TAINARA: Sem dúvidas, esse pilar social é super importante na atração de talentos. O engajamento dos funcionários com a atratividade da nossa marca, principalmente para o público mais jovem que olha muito para esse papel social que as empresas têm 

E, muitas das vezes, essas pessoas já têm atividade de voluntariado e elas entendem que usando o tempo que elas têm para projetos que fazem sentido para a estratégia do banco elas conseguem ser até mais assertivas ou causar um impacto maior. Outra coisa interessante na Citi é a presença dos padrinhos e madrinhas dos projetos que a gente apoia, tanto via associação de funcionários quanto City Foundation, depois do dia global na comunidade, o pessoal se interessa mais em ser padrinho ou madrinha desses projetos, eles se tornam mais ligados a essa questão social e procuram saber mais sobre o que o banco está fazendo. Essas atividades são uma porta de entrada para as ações de voluntariado que se estendem ao longo de todo ano. 

A gente faz muita mentoria, sempre buscamos usar o conhecimento que o funcionário tem em prol de alguma causa, como liderança e educação financeira, por exemplo.

ARTUR: Tainara, conta um pouquinho mais pra gente esse sobre esse programa de padrinhos e madrinhas e as iniciativas de doação do banco. O podcast é sobre filantropia então essas ações são como música para os nossos ouvidos. 

TAINARA: Então, aqui no Citi, a gente estrutura essa parte de filantropia em 2 braços: Citi Foundation, que é uma fundação global que financia projetos de alto impacto social em diversos países do mundo, inclusive aqui no Brasil, hoje a gente está com uns 6 projetos ativos no portfólio da sede do país. 

E, outro orgulho nosso, é a associação de funcionários. Ela foi fundada em 1997, exatamente pelos nossos funcionários, a fim de estimular a filantropia entre eles. Então, eles se juntam para realizar doações e ações voluntárias para projetos escolhidos. 

Essa fundação foi se estruturando ao longo do tempo e, hoje, conta com um sistema de estímulo nosso. A cada R$ 1,00 doado para cada funcionário, o banco doa mais R$ 1,00. O foco da associação são os projetos de educação. Os projetos que apoiamos via lei de incentivo, nós temos 23 projetos apoiados pelo Citi no Brasil e desses 23 projetos eu diria que uns 70% têm padrinhos ou madrinhas e nada mais são do que funcionários que, voluntariamente, decidem acompanhar aquele projeto para garantir que o projeto esteja entregando os indicadores com os quais ele se comprometeu e, no fim, identificar oportunidades, desafios e, realmente, contribuir no dia a dia da organização. 

Os padrinhos e madrinhas realizam um encontro mensal com a organização, e, muitos também conseguem visitar o projeto, conhecer melhor e trazem pra gente as histórias, porque, no fim, nem sempre a gente vai conseguir ser tão próxima assim de toda essa carteira de projetos. É bem interessante os resultados, a gente quer, cada vez mais, estruturar melhor essa cadeia de projetos.

ARTUR: Você comentou sobre a outra faceta da atuação social, que são as mentorias e as e orientações sobre o mercado de trabalho. Queria que você falasse um pouquinho sobre isso.

TAIANARA: Vou explicar com um exemplo. Nós apoiamos o Instituto Reciclar, eles fazem formação de jovens, que estão se formando no ensino médio e buscando um ensino profissionalizante, e oferecem oportunidade de voluntariado para os nossos funcionários, a gente contribui com uma mentoria, falando sobre carreira no banco ou então dar uma formação específica sobre um assunto de tecnologia, são vários possíveis assuntos. Às vezes até contratamos pessoas egressas desses projetos, o que é bem legal, mapeamos o perfil de quem é atendido pelas ONGs que apoiamos para conseguir fechar o ciclo na contratação dessa mão de obra que está sendo bem formada pelas ONGs. 

ARTUR: A gente está encaminhando para o final da entrevista e eu queria transmitir uma mensagem para outras empresas que, possivelmente poderiam fazer algo parecido com o que o Citi faz, esse intercâmbio que quebra barreiras sociais e permite que as pessoas, muitas vezes tidas como não adeptas do social e da filantropia, só estão esperando uma oportunidade para se engajar e muitas vezes uma instituição grande tem estrutura para dar isso as pessoas. 

Eu queria que você falasse um pouco da sua experiência da evolução desse projeto e de como levar isso para os gestores de RH, por que é bom ter um projeto desse por que que funciona?

TAINARA: Do ponto de vista mais prático, a liderança sempre quer olhar para resultados e a gente vê que se engajar nesses projetos acaba gerando um engajamento com organização muito grande, porque, dessa maneira, os colaboradores estão trabalhando em um lugar em que eles acreditam que tem propósito, e é um propósito compartilhado pessoalmente com eles, é o que chamamos de identificação cultural. A gente sabe que para atrair jovens a gente precisa também olhar muito para essas questões que vão além de oportunidades de carreira, desenvolvimento de salário, é  mais uma questão de propósito que faz muito sentido.

Do ponto de vista pessoal, realmente é muito gratificante. Muitas pessoas gostariam de fazer trabalho voluntário e não fazem por falta de tempo, se a empresa realiza ações de trabalho voluntário, ela consegue gerir seu tempo para realizar as atividades. O trabalho organiza o trabalho para que o voluntariado não seja esquecido, é possível ceder espaço na agenda, existe um acolhimento maior, às vezes é o empurrãozinho que faltava para aquela pessoa se engajar de fato numa causa. Depois que ela tá ali dentro, conhecendo o projeto e vendo o impacto, isso pode ser transformador para a vida das pessoas. 

Do ponto de vista institucional eu acho que as empresas também têm esse papel de liderar esse movimento na sociedade, pode partir dos funcionários, mas, partindo da empresa gera um estímulo maior para que as pessoas saiam da inércia e tenham uma atuação efetiva.

ARTUR: Tainara, papo maravilhoso! Queria dar os parabéns pela iniciativa, a construção dessa cultura dentro da organização é algo muito bom e outras empresas deveriam se inspirar e fazer o mesmo. Sinta-se convidada para nas próximas iniciativas vocês vieram aqui contar pra gente porque esse tipo de exemplo a gente adora propagar.

TAINARA: Com certeza! Mais uma vez obrigada pelo convite. De fato é muito inspirador trabalhar aqui e é realmente colocado dentro da estratégia do negócio e como é importante, acompanhado pela liderança e acho que isso faz muita diferença. A  gente espera só aumentar esse trabalho olhando cada vez mais as oportunidades que a gente tem de engajar a nossa comunidade.

ROBERTA: Muito bom, Artur! Se a gente já tinha entrado na questão de como engajar colaboradores no trabalho voluntário, a Tainara veio com algumas sugestões práticas importantíssimas. 

 

E, pra gente não perder esse ritmo ótimo de conhecimento e aprendizado, tá na hora de trazermos mais dicas e informações relevantes pros nossos ouvintes. 

 

Sim, chegou o momento dele! Estou falando do nosso quadro “Pra Saber Mais”.

 

ARTUR: Boa, Roberta! E já vou dar start nas dicas com uma que vai ajudar muitos empreendedores, executivos e gestores na hora de se aprofundar no voluntariado empresarial e fazer um planejamento bem cuidadoso antes de iniciar um projeto social dentro do seu negócio.

 

O livro “Voluntariado Empresarial” reúne depoimentos e o conhecimento de 185 gestores de 74 empresas brasileiras sobre o tema. Com organização da consultora de projetos de responsabilidade e sustentabilidade, Andrea Goldschmidt, o livro aponta caminhos para implantar uma estratégia eficiente, que cause impacto e seja capaz de engajar os colaboradores da sua empresa.

 

ROBERTA: E, para além dessa ótima sugestão de leitura, não podia faltar entre as dicas a plataforma online Atados. Eles já fazem um trabalho lindo conectando pessoas e ONGs com oportunidades de voluntariado, mas, além dele, também prestam consultoria e fornecem o apoio de especialistas para empresas que queiram iniciar ou ampliar seus programas de responsabilidade de voluntários.

 

E, falando em conectar pessoas a trabalho voluntário, essa é uma ótima oportunidade para sugerir o Descubra Sua Causa, um teste, online e gratuito, criado em 2018 pelo Idis e reformulado em 2021, em uma parceria com o Instituto MOL. De forma interativa, ele te ajuda a descobrir qual a sua causa do coração, te dá dicas de conteúdo, ideias para começar a agir hoje mesmo e também aponta caminhos pra que você ajude a transformar a realidade ao seu redor, seja doando recursos ou seu tempo, por meio do trabalho voluntário.

Todos os links estão aí na descrição do episódio.

 

ARTUR: Aproveitando que você já trouxe esse conteúdo que a gente desenvolveu aqui com tanto carinho, acho que vale indicar o episódio 69 aqui do podcast mesmo. O programa fala do perfil do voluntário brasileiro a partir da pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, com uma entrevista da nossa querida Silvia Naccache. O convite então é tanto para ouvir o episódio quanto para conferir a pesquisa, que é super completa e esclarecedora.

 

Lembrando que os links para todas essas dicas vocês conferem aqui mesmo, na descrição do episódio.

 

ARTUR: E por hoje é só! Esperamos que com um saldo super positivo sobre a importância do voluntariado dentro das empresas. E não se esqueça que você também faz parte desse diálogo. Já participou de alguma ação voluntária na sua empresa ou tem sugestões sobre o tema? Pode enviar lá no nosso Instagram e LinkedIn no @institutomol. A gente adora quando você manda sua opinião sincera sobre o programa. Então, se quiser elogiar ou fazer uma crítica construtiva, comenta nas nossas redes que a gente tá sempre aqui pra te escutar.

E você pode também deixar o seu comentário lá no Spotify, junto daquelas estrelinhas pra que mais ouvintes possam escutar e participar dessa conversa…

 

ROBERTA: Esse podcast é uma produção do Instituto MOL, com apoio do Movimento Bem Maior. O episódio teve produção e roteiro de Ana Ju Rodrigues, Leonardo Neiva e Vanessa Henriques, assistência de gravação de Vitória Prates, arte da Glaucia Ribeiro e divulgação de Júlia Cunha, todas do Instituto MOL. A edição de som é do Bicho de Goiaba Podcasts. 

 

Até a próxima!

 

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